domingo, 10 de outubro de 2010

REDES SOCIAIS

Enquanto as sociedades democráticas têm toda liberdade para trocar opiniões por meio de "microblogging", os governos autoritários aproveitam as redes sociais para divulgar sua propaganda política, reprimir as vozes dos dissidentes e inclusive rastrear suas identidades para impor-lhes sanções.Com 105 milhões de usuários ao longo de 2010 e mais de 55 milhões de "tuítes" diários, o Twitter, um serviço de "microblogging" baseado na publicação de mensagens curtas (de até 140 caracteres) se transformou em uma verdadeira revolução tecnológica para o mundo das comunicações.
deia inicial desta rede social era divulgar atualizações pessoais. Este meio, no entanto, tomou direções e usos diferentes com o passar do tempo e agora é o canal de difusão de informação para ativistas, grupos cívicos, jornalistas, políticos, candidatos e até líderes como Barack Obama, Hugo Chávez, Álvaro Uribe, Sebastián Piñera, Laura Chinchila e George Papandreou. Sem dúvida alguma, a chave do sucesso deste meio radica no imediatismo e na intensidade com que promove uma discussão, o que facilita tanto a distribuição da informação em tempo real sobre qualquer evento ou acontecimento (eleições, campanhas políticas, ataques, desastres naturais, acidentes, situações de emergência, protestos) quanto criar alianças, formar opinião pública e simplesmente participar de uma discussão cidadã. Para Andreas Jungherr, analista alemão em tecnologias digitais e sociologia política, conferencista, autor e voluntário de DigiActive - uma organização que promove o uso das ferramentas digitais para as mudanças sociais -, o Twitter se sobressaiu entre as demais plataformas graças à rápida adoção por parte de gerações jovens e cultas.
Twitter e a política Para muitos analistas, pesquisadores e catedráticos, as novas tecnologias, entre estas o Twitter, desempenham um papel importante, sobretudo, na política e no desenvolvimento democrático das sociedades."O surgimento da internet e a proliferação contínua de telefones celulares ofereceram grandes oportunidades, mas também introduziram novos desafios para o estabelecimento e consolidação da democracia ao redor do mundo", detalha Chris Spence, diretor de tecnologia do Instituto Democrático Nacional (NDI, na sigla em inglês), em Washington, nos EUA.

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